O triste sentimento que tenho faz-me vaguear perdido pelo mundo, sem rumo, sem metas. Há um ano e cinco meses que não sinto outra coisa, mas é agora, ao voltar ao princípio, ao início a que jurei não regressar, que este aperto no peito me agonia.
Não ter ninguém a quem possa dizer Amo-te (ou melhor, esse alguém não o quer ouvir da minha boca), não ter motivação para seguir em frente, não ter nada que me prenda à felicidade, não visualizar bons momentos próximos, não ter planos para breve (e para dois), não ter sorriso pela manhã, não ter calma pela noite, não ter nada... É apenas sinal da minha desorientação.
Ter o típico sentimento português, a saudade, de momentos passados felizes, de toques mágicos, de beijos ardentes, de corpos fundidos num só, de lágrimas de alegria, de vistas nocturnas que não se esquecem, de coisas e pessoas que amo e já não existem, de tudo... Do que já não tenho e desconfio não voltar a ter; aperta-me ainda mais o peito, turva-me a vista, amedronta-me a noite, o dia, a vida.
Afinal de contas, estou sozinho, abandonado no mundo ao destino, à dor, ao eco do meu caminho. Tudo isto não passa de solidão, eu sei-o, mas a verdade é que não queria estar assim, queria apenas ser feliz, ter tudo aquilo que sempre desejei e por mais que lute não consigo!
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